Código
P004
Área Técnica
Catarata
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Faculdade Pernambucana de Saúde
Autores
- GIOVANNA ARCOVERDE OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- ANTONIO GIOVANNI DE OLIVEIRA ALMEIDA JR (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANALISE DOS CUSTOS HOSPITALARES COM O TRATAMENTO DA CATARATA: ESTUDO DOS PACIENTES ATENDIDOS NO BRASIL DE 2020 A 2024.
Objetivo
Examinar os dados epidemiológicos sobre os custos dos serviços hospitalares relacionados ao tratamento da catarata no Brasil, em pacientes de 40 a 79 anos, no período de 1º de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de 2024.
Método
Este estudo epidemiológico descritivo quantitativo analisou dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS sobre os gastos com serviços hospitalares no Brasil. Incluiu pacientes com diagnóstico de catarata, dentro da faixa etária de 40 a 79, entre os anos de 2020 e 2024, foram consideradas variáveis como região, faixa etária e ano.
Resultado
Entre 2020 e 2024, o Brasil gastou cerca de R$ 147.641.910,77 em serviços hospitalares relacionados a catarata. A região mais dispendiosa foi o Sudeste, com R$ 96.458.707,55 (65,33%). Em seguida encontra-se a região Nordeste com R$ 22.083.048,87, juntas as duas regiões pouco mais de 80% do total. Sendo assim ao analisar a variável idade, o valor dos custos hospitalares com a catarata aumenta progressivamente em todas as regiões do país, sendo a faixa etária compreendida entre 60 a 79 anos responsável por R$ 124.569.878,95 que corresponde a 84,37% do valor total dos gastos. Além disso, é válido destacar que o valor desses custos aumentou com o passar dos anos desde 2019. Em 2024, o valor total dos gastos com catarata na faixa etária escolhida representou cerca de 33% do valor total dos anos analisados.
Conclusão
A análise revelou que, entre 2020 e 2024, o Brasil gastou cerca de R$ 147,6 milhões com o tratamento da catarata, sendo o Sudeste e o Nordeste responsáveis por mais de 80% desses custos, possivelmente devido ao tamanho populacional e infraestrutura em saúde ocular. A maior parte dos gastos (84,37%) concentrou-se na faixa etária de 60 a 79 anos, refletindo o impacto da doença na população idosa. Observou-se também um aumento progressivo dos custos ao longo dos anos, com 2024 representando 33% do total analisado. Os achados reforçam a necessidade de otimizar recursos, ampliar o acesso ao tratamento e reduzir a fila de espera, garantindo um atendimento mais eficiente.