Sessão de Relato de Caso


Código

RC155

Área Técnica

Órbita

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Autores

  • NATALIA PELLEGRINELLI (Interesse Comercial: NÃO)
  • RODRIGO DECHICHI ZUPPI (Interesse Comercial: NÃO)
  • EUGENIA DINIZ ADÁN (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RELATO DE CASO: MELANOMA UVEAL DE LOCALIZAÇAO IRIANA EM PACIENTE COM MULTIPLOS TUMORES PRIMARIOS

Objetivo

Descrever caso clínico de melanoma uveal, em localização atípica e, assim, contribuir para a identificação diagnóstica precoce dessa patologia de alta agressividade e prognóstico reservado.

Relato do Caso

EFG, 33 anos, sexo feminino, comparece ao nosso serviço com queixa de baixa acuidade visual há 4 meses e diagnóstico externo de melanoma uveal. Apresentava história pregressa de câncer de cólon, câncer retal e adenocarcinoma gástrico. Ao exame oftalmológico, visualizado heterocromia, com hiperpigmentação iriana do olho direito, além de lesões infiltrativas em toda a íris, com presença de massa de contornos irregulares na sua porção superior, sem alterações fundoscópicas. À tomografia computadorizada de órbita foi observado área irregular focal superior medindo 12x8mm. Foi, então, realizado ultrassom ocular, que evidenciou lesão sólida acometendo raiz da íris e corpo ciliar, com alta refletividade da superfície e refletividade interna homogênea, medindo 7,4x11x11mm, com formação de ângulo kappa no modo A. O caso segue em acompanhamento no nosso serviço, com programação de braquiterapia e investigação de síndromes genéticas.

Conclusão

O melanoma uveal é doença relativamente rara com incidência de apenas 5,1 casos a cada 1 milhão de indivíduos, por ano. Desses casos, apenas 4% apresentam acometimento da íris, como no caso descrito. Nesta afecção, a pesquisa genética, como sugerida para a paciente, é relevante, uma vez que a literatura descreve que a mutação da proteína BAP1 predispõe o desenvolvimento de melanoma uveal, assim como, mesotelioma maligno, melanomas cutâneos, carcinoma basocelular e carcinoma de células renais. A primeira linha de tratamento do melanoma uveal é a radioterapia, sendo a braquiterapia ou teleterapia possibilidades elegíveis. A enucleação é abordagem de segunda escolha, com taxa de sobrevida em cinco anos entre 16% e 53%. Portanto, por ser um tumor maligno, agressivo e com alta mortalidade, o reconhecimento precoce desta neoplasia e seu correto tratamento são primordiais para um desfecho favorável para o paciente.

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