Código
TL04
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE
Autores
- ANA LUIZA KORMANN SVIDNICKI (Interesse Comercial: NÃO)
- Ana Lívia Mazanek Yosida (Interesse Comercial: NÃO)
- Gabriela Piva Wagner (Interesse Comercial: NÃO)
- Gustavo Cesnik Miranda (Interesse Comercial: NÃO)
- Martina Kegel Dieckmann (Interesse Comercial: NÃO)
- Mariana Yoshie Okimura (Interesse Comercial: NÃO)
- Taynah Vicari (Interesse Comercial: NÃO)
Título
Influência endócrina nos receptores hormonais corneanos e sua relação com a progressão do ceratocone
Objetivo
Identificar a influência das terapias de reposição hormonal e flutuações endócrinas do ciclo menstrual feminino na progressão do ceratocone.
Método
Ver Anexo 1) Esta revisão utilizou as diretrizes PRISMA. A pergunta de pesquisa delimitada foi “Em pacientes com ceratocone, os índices hormonais estão associados a uma maior progressão da doença em comparação com aqueles que não utilizam essas terapias?”.
Resultado
O ceratocone é uma ectasia progressiva da córnea caracterizada por afinamento, protrusão e irregularidade corneana, resultando em distorção visual. Além de traumas e fatores genéticos, os níveis hormonais também influenciam na sua progressão, visto que a córnea possui receptores de estrogênio, progesterona e andrógenos. Visto isso, estudos apontam que as terapias hormonais, tais quais terapias de reposição hormonal (TRH) e os anticoncepcionais orais, associam-se a mudanças na matriz extracelular da córnea. Estudos sobre a espessura central da córnea durante o ciclo menstrual indicam que ela é maior durante a ovulação, quando os níveis de estrogênio estão elevados, retornando aos níveis iniciais no final do ciclo, sugerindo que as mudanças hormonais afetam o segmento anterior do olho. Sendo assim, o estrogênio contribui para a progressão do ceratocone ao induzir a retenção de água por meio dos glicosaminoglicanos, levando à separação das fibras de colágeno, e ao reduzir a rigidez da córnea por meio da ativação das metaloproteinases da matriz (MMPs) e colagenases, comprometendo sua estabilidade.
Conclusão
As flutuações hormonais (principalmente de estrogênio e progesterona), influenciam a progressão do ceratocone ao comprometer a estabilidade corneana. A ativação das MMPs e a degradação do colágeno resultam em prejuízo à córnea, agravada pela TRH prolongada. Uma menor exposição hormonal pode preservar a resistência corneana, exigindo avaliação criteriosa.