Código
RC051
Área Técnica
Doenças Sistêmicas
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Luterana do Brasil - ULBRA
Autores
- EDUARDO ALFREDO CALDAS QUERUZ (Interesse Comercial: NÃO)
- Matheus Fakhri Kadan (Interesse Comercial: NÃO)
- Juliana Marcon Szymanski (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MANIFESTAÇOES ATIPICAS DA DENGUE COM COMPLICAÇOES OCULARES: UM RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar um caso de complicações oftalmológicas como manifestações atípicas em paciente jovem com quadro de dengue hemorrágica, destacando a importância da avaliação neuro-oftalmológica em casos atípicos.
Relato do Caso
Relato de caso de uma paciente feminina, 26 anos, sem comorbidades ou histórico oftalmológico prévio, procurou a urgência oftalmológica com queixa de diplopia binocular subaguda e baixa acuidade visual, progressiva, percebida três dias após avaliação e liberação por Unidade Básica de Saúde com pródromos virais, epistaxe e sorologias positivas para dengue. Ao exame, a acuidade visual (AV) com estenopeico era de 20/70 no olho direito e 20/30 no olho esquerdo. A avaliação da motilidade ocular extrínseca evidenciou paresia do nervo abducente à direita, com exacerbação da diplopia no olhar para a direita. A biomicroscopia não revelou alterações, porém a fundoscopia mostrou papiledema bilateral. Diante dos achados clínicos sugestivos de hipertensão intracraniana, foram solicitados angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica para documentação do quadro oftalmológico, com encaminhamento imediato à avaliação clínica-neurológica e internação para investigação etiológica. Durante a internação, a paciente evoluiu com piora dos sinais e sintomas neurológicos, sendo estabelecido o diagnóstico de meningoencefalite secundária à dengue. Atualmente, decorridos aproximadamente trinta dias da primeira avaliação, a paciente permanece hospitalizada sob tratamento e monitoramento contínuo das complicações neurológicas e sistêmicas da dengue.
Conclusão
O caso destaca a importância da avaliação neuro-oftalmológica precisa para um adequado diagnóstico e o pronto manejo de complicações de alto risco não somente visuais, como também potencialmente fatais que possam surgir associadas à infecção pelo vírus da dengue.