Código
P079
Área Técnica
Trauma/Urgências
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Autores
- FERNANDA ARAUJO KAVLAC (Interesse Comercial: NÃO)
- LUCAS DAVID DE SOUZA VITAL (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES INFANTO-JUVENIS ATENDIDOS POR TRAUMA OCULAR NO BRASIL: UMA SERIE TEMPORAL
Objetivo
Definir o perfil epidemiológico dos pacientes infanto-juvenis internados por trauma ocular em hospitais no Brasil na última década.
Método
Estudo epidemiológico descritivo retrospectivo, de base ecológica e de série temporal acerca dos traumas oculares em pacientes de 0 a 19 anos, em base de dados aberta (DATASUS), por meio do Sistema de Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS), no período de 2014 a 2024. Foram analisadas variáveis: faixa etária, sexo, cor, caráter de atendimento e casos por região/unidade federativa. A análise foi feita a partir das frequências absolutas e relativas das variáveis. O estudo considerou a dispensa de análise pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, por tratar-se de dados secundários, públicos e sem informações identificáveis.
Resultado
A população pediátrica representa 22,7% das internações por trauma ocular, sendo a faixa etária de 5 a 9 anos a mais acometida com 1911 casos (28,7%), seguido pela de 15 a 19 anos com 1749 registros (26,35%). Em relação ao sexo, houve maior prevalência nos pacientes do sexo masculino com 4954 (74,63%). Sobre a cor, a mais atingida é a parda com 2528 casos (38,08%). Dentre as regiões brasileiras, a com mais registros foi a Sudeste, com 2.788 casos (42%), e a com menor quantitativo foi a Norte, com 537 (8,09%). No que se refere ao caráter de atendimento, a maior parte foi classificada como urgência, com 5.424 casos (81,71%).
Conclusão
O perfil epidemiológico dos internados por trauma ocular durante 2014 a 2024 mostrou uma maior prevalência de pacientes de 5 a 9 anos, pardos, sexo masculino, habitantes da região Sudeste. Nota-se que a maioria dos atendimentos foi de caráter de urgência. Evidencia-se, assim, a grande prevalência desse tipo de trauma na população infanto-juvenil brasileira e destaca-se a necessidade de preparo dos profissionais da saúde ao receberem traumas oftalmológicos nos serviços de urgência.