Código
P058
Área Técnica
Oncologia Ocular
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal do Amazonas
Autores
- LUCAS DAVID DE SOUZA VITAL (Interesse Comercial: NÃO)
- FERNANDA ARAUJO KAVLAC (Interesse Comercial: NÃO)
Título
OLHARES SOBRE O CANCER: A PREVALENCIA DE NEOPLASIAS MALIGNAS OCULARES EM PACIENTES INFANTO-JUVENIS NO BRASIL
Objetivo
Definir o perfil epidemiológico das internações e óbitos de pacientes infanto-juvenis acometidos por neoplasias dos olhos e anexos no Brasil na última década.
Método
Estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, de base ecológica e de série temporal, sobre neoplasias dos olhos e anexos em pacientes de 0 a 19 anos, com dados abertos do DATASUS, por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), no período de 2014 a 2024. Foram analisadas as variáveis: faixa etária, sexo, cor/raça e casos por Região brasileira, de acordo com registros de internação e óbito. A análise considerou frequências absolutas e relativas. O estudo considerou a dispensa de análise pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, por tratar-se de dados secundários, públicos e sem informações identificáveis.
Resultado
A população infanto-juvenil representou 55,95% das internações e 29,53% dos óbitos por neoplasias de olhos e anexos no Brasil. A faixa etária com maior número de internações e óbitos foi a de 1 a 4 anos, com 9731 e 121 registros (68,6% e 72,9%, respectivamente). A maior prevalência ocorreu no sexo masculino, com 7776 e 94 casos (54,81% e 56,63%). Quanto à cor/raça, predominaram os indivíduos pardos, com 6587 internações e 104 óbitos (46,43% e 62,65%). A região Sudeste concentrou o maior número de internações, com 9673 casos (68,81%), enquanto o maior número de óbitos ocorreu no Nordeste, com 60 mortes (36,14%), configurando a maior taxa de mortalidade específica.
Conclusão
Evidencia-se elevada prevalência de neoplasias oculares e anexiais em pediatria, afetando principalmente crianças de 1 a 4 anos, do sexo masculino, pardas e da região Sudeste. Os óbitos seguem esse padrão, exceto quanto à Região, destacando-se o Nordeste pela maior taxa de mortalidade. Isso ressalta a necessidade de diagnóstico precoce e maior acesso ao tratamento para reduzir os óbitos por essa causa no país.