Código
RC058
Área Técnica
Estrabismo
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Federal de Bonsucesso
Autores
- ALEX GONÇALVES COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
- RAFAEL ALMEIDA SOARES (Interesse Comercial: NÃO)
- JOÃO VITOR D B ZAFFARI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANEURISMA GIGANTE DE ARTERIA CAROTIDA E SEQUELA NEURO-OFTALMOLOGICA COMPLEXA: RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever um caso com extenso acometimento de nervos cranianos em paciente diagnosticada com aneurisma gigante de Artéria Carótida Direita (ACD), ocasionando sequelas neuro-oftalmológicas importantes.
Relato do Caso
Paciente feminino, 57 anos, com diagnóstico de aneurisma gigante de ACD, submetida a intervenção endovascular (balão intra-carotídeo) após 2 meses do início dos sintomas porém, persistindo com ptose palpebral, dor ocular e cervical direita, além de parestesia em hemiface ipsilateral. No momento, refere diplopia horizontal e cefaléia à direita. Ao exame oftalmológico: Acuidade visual com correção: 20/25 em olho direito (OD) e 20/30 em olho esquerdo (OE). Refração: OD: + 1,75 – 0,50 x 155º; OE: + 2,00 – 0,25 x 175º, adição de +2,50 J1 em ambos os olhos (AO). Ectoscopia: Restrição do fechamento palpebral à depressão do globo ocular em OD; limitação dos músculos reto superior (-4), reto inferior (-4), reto lateral (-1) e reto medial (-1); biomicroscopia OD: defeito pupilar aferente relativo e hipoestesia corneana; OE: sem alterações; pressão intraocular: 15/15 mmHg; fundoscopia AO: Disco Óptico regular, corado, escavação 0,5 x 0,5, retina aplicada em polo posterior, mácula livre, vasos normais. Tomografia de coerência óptica de nervo óptico não evidenciou perda da camada de fibras nervosas, porém, o campo visual computadorizado apresentou acometimento bilateral periférico com caráter tubular à direita. Portanto, a paciente apresenta sequelas neurológicas em nervos cranianos (II, III, IV, V, VI e VII) decorrentes do aneurisma de ACD.
Conclusão
Aneurisma da artéria carótida interna pode causar compressão direta dos nervos cranianos, resultando em déficits neuro-oftalmológicos. No presente caso, a intervenção cirúrgica não resultou na resolução completa dos sintomas, indicando que os danos isquêmicos persistiram após a cirurgia. Os sintomas referidos pela paciente sugerem acometimento dos nervos cranianos à direita, presentes no seio cavernoso, condizentes com compressão ou isquemia dos mesmos.