Código
P036
Área Técnica
Epidemiologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade da Região de Joinville
Autores
- HENRIQUE ALMEIDA ALVAREZ (Interesse Comercial: NÃO)
- Mayra Emi Guinoza Inushi (Interesse Comercial: NÃO)
- Bruno Yuri Cavali (Interesse Comercial: NÃO)
- Flavia Souza Rosa (Interesse Comercial: NÃO)
- Giovana Silveira Moy (Interesse Comercial: NÃO)
- Julia Retzlaff de Vasconcellos (Interesse Comercial: NÃO)
- Julia da Costa Faustino da Silva (Interesse Comercial: NÃO)
- Patrícia Zanotelli Cagliari (Interesse Comercial: NÃO)
- Luisa Freiberger Parker (Interesse Comercial: NÃO)
Título
Perfil Epidemiológico das Internações por Descolamento e Defeitos da Retina no Brasil (2015-2025)
Objetivo
Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes internados por descolamento e defeitos na retina no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil entre 2015 e 2025, e apresentar a distribuição por unidades federativas.
Método
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo com informações obtidas na base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), especificamente do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Foram analisadas internações registradas entre janeiro de 2015 e janeiro de 2025, considerando sexo, raça/cor, faixa etária e distribuição por unidade federativa
Resultado
O total de internações no Brasil durante o período analisado foi de 253.614 casos, sendo o ano de 2024 o que mais teve internações, com 60,6% mais casos que a média dos últimos 10 anos. Além disso, São Paulo (SP) foi a unidade federativa mais acometida, com 57.679 casos (22,74%), e a menos acometida foi o Acre (0,001%). Em relação ao perfil epidemiológico, a raça/cor mais acometida foi a branca (95.092 casos). O sexo masculino se sobressai com 142.382 casos, 31.150 a mais que o sexo feminino. Em 2020 houve 20.320 casos, 3.894 a menos que em 2019. Por faixa etária, a mais afetada foi 60 a 69 anos (78.568 casos, 31%), seguida por 50 a 59 anos (64.853 casos, 25,6%) e 70 a 79 anos (42.727 casos, 16,9%). A menor incidência ocorreu em crianças de 1 a 4 anos, com 569 casos (0,22%).
Conclusão
No período estudado, o predomínio dessas internações em maiores de 50 anos e homens se destaca, sendo São Paulo a unidade federativa com maior prevalência. Além disso, a queda no número de internações em 2020 pode estar relacionada à pandemia da COVID-19, que afetou o acesso aos serviços de saúde e o diagnóstico precoce. Frente aos dados observados, sugere-se ações preventivas focadas na população mais vulnerável que podem contribuir para a redução dos casos e do impacto no sistema de saúde.