Código
P022
Área Técnica
Epidemiologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Centro Universitário Estácio do Ceará - Campus Iguatu
- Secundaria: Universidade da Região de Joinville
Autores
- LUISA FREIBERGER PARKER (Interesse Comercial: NÃO)
- MAYRA EMI GUINOZA INUSHI (Interesse Comercial: NÃO)
- MILENA DANGUI DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
- VICTORIA ELISA TEUBER (Interesse Comercial: NÃO)
- MARIA EDUARDA TOMASI DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
- JOSÉ VICTOR DANTAS DOS SANTOS (Interesse Comercial: NÃO)
- HENRIQUE ALMEIDA ALVAREZ (Interesse Comercial: NÃO)
- PATRÍCIA ZANOTELLI CAGLIARI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANALISE DAS INTERNAÇOES POR NEOPLASIA MALIGNA DOS OLHOS E ANEXOS NO BRASIL (2015-2025)
Objetivo
Analisar a distribuição das internações por neoplasia maligna dos olhos e anexos nas regiões brasileiras entre 2015 e 2025.
Método
Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico, observacional e transversal, realizado a partir da coleta de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram coletados dados correspondentes ao período de janeiro de 2015 a janeiro de 2025 de todo País. A partir da coleta de dados, foram realizadas análises estatísticas estratificadas a partir das seguintes variáveis sociodemográficas: ano, região, sexo, cor/raça e faixa etária.
Resultado
Foram registradas 23.729 internações por neoplasia maligna dos olhos e anexos no Brasil. A Região Sudeste concentrou 57,9% das internações, seguida pelo Nordeste (20,1%), Sul (13,2%), Centro-Oeste (5,1%) e Norte (3,6%). Além disso, houve predominância masculina (54,8%) e maior prevalência entre brancos (46,0%) e pardos (44,1%). Pacientes com mais de 50 anos responderam por 33,9% das internações, enquanto crianças abaixo de 10 anos somaram 46%. É importante registrar que a maior incidência dos casos foi entre 1 a 4 anos, totalizando 9.108 casos, a segunda maior foi entre 60 a 69 anos (2.531 internações). Por fim, é importante ressaltar que o número de casos cresceu até 2022, quando atingiu um pico de 2.842 internações, seguido de estabilização em 2023 (2.737 casos) e 2024 (2.787 casos).
Conclusão
Conclui-se que há predominância de internações no Sudeste, em homens e na população branca, sugerindo desigualdades regionais e possíveis fatores genéticos. Ademais, o alto número de casos em crianças reforça a necessidade de investigação precoce. A estabilização recente pode refletir nos avanços no diagnóstico e tratamento. São necessários estudos futuros para explorar estratégias preventivas e terapêuticas para reduzir o impacto da doença.