Sessão de Relato de Caso


Código

RC126

Área Técnica

Oculoplástica

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto de Olhos Ciências Médicas

Autores

  • RAFAELLA COSCARELLI FORTES (Interesse Comercial: NÃO)
  • Isadora Teixeira Issa (Interesse Comercial: NÃO)
  • Taciana Bretas Guerra (Interesse Comercial: NÃO)

Título

Neoplasia intra-epitelial córneo-conjuntival associado à triquíase: um relato de caso

Objetivo

Relatar um caso de neoplasia intra-epitelial córneo-conjuntival (NIC) associado à triquíase, condição para qual, até o momento, não existem evidências literárias que correlacionem seu envolvimento direto com esse tipo de lesão.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, branca, 64 anos, encaminhada ao departamento de plástica ocular para avaliação de triquíase no olho esquerdo (OE). História prévia de 02 epilações a laser em pálpebra inferior do OE em 2019, sem melhora dos sintomas irritativos. Apresentava acuidade visual (AV) 20/20 no olho direito (OD) e 20/30 no OE. Ao exame de biomicroscopia do OE, apresentava conjuntivalização difusa das glândulas de meibomius em pálpebras, com afinamento da borda palpebral inferior em terço médio e triquíase neste local (03 cílios tocando córnea), com ceratite punctata leve. Havia presença de espessamento paralimbar inferior com lesão de aspecto gelatinoso em periferia corneana adjacente, que corava pelo azul de toluidina. Realizado epilação manual dos cílios triquáticos e prescrito 2 ciclos de colírio Mitomicina C a 0,02% 4x ao dia e corticóide ocular em esquema de desmame. Após tratamento, paciente apresentou regressão completa de lesão corneana, ausência de novos cílios triquiáticos e melhora total das queixas oculares antes apresentadas.

Conclusão

A NIC é uma doença benigna do epitélio da superfície ocular que se apresenta de inúmeras formas histológicas e características variáveis, dificultando seu diagnóstico. Hipotetiza-se a relação de causalidade entre a inflamação crônica local gerada pelo mau posicionamento dos cílios e o surgimento da lesão em questão. Entre os fatores de risco comprovados, destacam-se, dentre outros, a pele clara e a exposição à radiação ultra-violeta. Cerca de 5% dos casos das lesões precursoras evoluem para carcinoma espinocelular de córnea ou da conjuntiva, podendo acarretar em perda da visão, invasão de estruturas adjacentes e, em raros casos, mestástases, tornando imprescindível seu diagnóstico precoce associado ao tratamento adequado.

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