Código
P031
Área Técnica
Epidemiologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Autores
- JOÃO PEDRO GAMBETTA POLAY (Interesse Comercial: NÃO)
- RENATA NADAL BAYER (Interesse Comercial: NÃO)
- FABIO VINICIUS BARTH (Interesse Comercial: NÃO)
- JULIANE TRAMONTIM (Interesse Comercial: NÃO)
- CAMILA OST (Interesse Comercial: NÃO)
Título
EPIDEMIOLOGIA DO GLAUCOMA CONGENITO NO BRASIL: UMA ANALISE NACIONAL DE 2017 A 2023
Objetivo
O objetivo deste estudo foi analisar as tendências epidemiológicas, local de residência, duração da gestação, sexo e etnia de recém-nascidos diagnosticados com glaucoma congênito no Brasil, condição que cursa com o aumento da pressão intraocular, podendo causar perda visual irreversível nos infantes.
Método
Foram utilizados dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), referentes ao período de 2017 a 2023. A análise estatística foi realizada com o uso de regressão linear e teste ANOVA, adotando-se um nível de significância de p<0,05.
Resultado
Ao longo do período estudado, foram identificados 56 casos de glaucoma congênito no Brasil, com maior concentração entre os anos de 2018 e 2021. A análise espacial dos casos revelou que os estados com maior incidência foram São Paulo, seguido por Rio Grande do Sul e Pernambuco. Em relação ao sexo, aproximadamente 64% dos casos ocorreram em recém-nascidos do sexo masculino, enquanto 20 casos envolveram indivíduos do sexo feminino. Quanto à análise étnica, observou-se maior prevalência da doença entre recém-nascidos brancos e pardos. No que diz respeito ao tempo de gestação, foram identificadas diferenças estatisticamente significativas entre os períodos analisados. Bebês nascidos de gestações com duração entre 28 e 31 semanas e 32 e 36 semanas apresentaram resultados significativos quando comparados com aqueles nascidos entre 37 e 41 semanas.
Conclusão
A pesquisa sobre os mecanismos do glaucoma congênito continua sendo essencial para aprofundar o entendimento da doença. Tal investigação é fundamental para compreender as características dos pacientes e identificar fatores de risco específicos associados à patologia. Desse modo, a análise epidemiológica desempenha um papel importante na identificação de padrões clínicos e demográficos, contribuindo para a elaboração de estratégias mais eficazes no manejo do glaucoma congênito.