Sessão de Relato de Caso


Código

RC289

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital São Geraldo

Autores

  • FELIPE ALVES BOTELHO (Interesse Comercial: NÃO)
  • DANUZA DE OLIVEIRA MACHADO AZEVEDO (Interesse Comercial: NÃO)
  • ANNA CHRISTINA HIGINO ROCHA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

TAGU: CASO DE UVEITE ASSOCIADOA TATUAGEM

Objetivo

A uveíte associada à tatuagem (TAGU) é uma entidade rara, ligada a reação de hipersensibilidade tardia aos pigmentos da tatuagem, sobretudo o vermelho e preto. Manifesta-se como uveíte granulomatosa, bilateral, associada a sinais inflamatórios nas áreas tatuadas. O início dos sintomas pode ocorrer meses a anos após a realização da tatuagem. O diagnóstico é clínico e exige a exclusão de sarcoidose sistêmica e outras etiologias de uveíte granulomatosa, sendo a biópsia da pele essencial para confirmação.

Relato do Caso

Paciente masculino, 30 anos encaminhado ao setor de Urgência do Hospital São Geraldo por suspeita de uveíte por Toxoplasmose, em uso de prednisona 60 mg/dia, sulfametoxazol-trimetoprim e dexametasona 0,1% colírio em olho direito (OD). Apresentava turvação visual há cerca de 1 mês, com piora nos últimos 6 dias. Ao exame, sua acuidade visual (AV) era de 20/50 em OD e 20/63 em olho esquerdo (OE), já sem sinais de uveite anterior, porém com sinequias posteriores em OD e na fundoscopia vitreíte densa em OD e OE com vitreíte e disco óptico edemaciado. A ecografia ocular mostrou espessamento coriorretiniano e importante vitreíte em ambos os olhos. Na discussão no ambulatório de uveítes, observou-se edema e elevação das áreas tatuadas com pigmento preto, sugerindo TAGU. Foram solicitados exames laboratoriais e de imagem para exclusão de sarcoidose e outras causas de uveite, todos negativos. Biópsia da pele tatuada revelou granulomas não caseosos. Retomada a corticoterapia oral e iniciado imunossupressor (azatioprina), com progressiva melhora da AV (20/40 em OD e 20/25 em OE), regressão progressiva da vitreíte além da resolução das alterações inflamatórias nas tatuagens, confirmando o diagnóstico de TAGU.

Conclusão

TAGU é uma condição rara, com poucos casos descritos na literatura. O diagnóstico depende da exclusão de causas sistêmicas, como sarcoidose, e da confirmação por biópsia cutânea. O reconhecimento dos sinais cutâneos e oculares é essencial para o diagnóstico precoce e o manejo adequado, com boa resposta ao tratamento imunossupressor.

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