Sessão de Relato de Caso


Código

RC116

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Olhos do Paraná

Autores

  • BEATRIZ PANKA ARCHEGAS (Interesse Comercial: NÃO)
  • HELOIZA HAMMERSCHMIDT (Interesse Comercial: NÃO)
  • LUISA MOREIRA HOPKER (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PARALISIA DE TERCEIRO NERVO CAUSADA POR TROMBOSE DE SEIO CAVERNOSO EM GESTANTE: DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DESFIADORES

Objetivo

A trombose venosa de seio cavernoso (TVSC) é uma patologia que acomete até 20% de gestantes e puérperas com uma incidência de 12/100000 nascidos vivos. O objetivo deste relato é descrever um caso de gestante diagnosticada com TVSC asséptica associada a paralisia do III nervo craniano (NC) e manejo terapêutico com anticoagulação e corticoterapia.

Relato do Caso

Paciente feminina, 31 semanas de gestação, com histórico de LES em tratamento com hidroxicloroquina, apresentou cefaleia súbita associada a diplopia binocular. Ao exame oftalmológico, evidenciou-se paralisia do III NC com exotropia de 30DP e hipertropia OD/OE de 30DP para longe e perto, aniscocoria e midríase à direita. Apresentava RNM de crânio normal, posteriormente optou-se por realizar RNM sem contraste com avaliação do ápice da órbita que sugeriu a hipótese de trombose de seio cavernoso, sendo iniciada anticoagulação com enoxaparina. No retorno de 15 dias, houve deterioração da acuidade visual para 20/100 e palidez de NO. Após avaliação multidisciplinar, decidiu-se pela interrupção da gestação, e o exame de imagem contrastado confirmou o diagnóstico de TVSC. Diante da ausência de causas sépticas, iniciou-se pulsoterapia com metilprednisolona, seguida de corticoterapia oral. A paciente evoluiu com melhora significativa do quadro neurológico, com restabelecimento completo da acuidade visual (20/20) e regressão da paralisia do III NC.

Conclusão

A TVSC é uma situação clínica rara onde um trombo se forma no sistema venoso cerebral e distúrbios visuais podem estar presentes em até 27% dos casos. A terapia com anticoagulação é recomendada, porém nesse caso somente a anticoagulação mostrou-se insuficiente, levando à pulsoterapia com corticoide após excluir etiologia séptica a qual proporcionou melhora clínica significativa com regressão do estrabismo, diplopia, anisocoria e restauração da acuidade visual. Este caso destaca a importância de suspeitar de TVSC tromboembólica em gestantes ou puérperas com cefaleia intensa e comprometimento visual, para um manejo terapêutico adequado e prevenção de lesões oculares irreversíveis.

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