Código
RC158
Área Técnica
Órbita
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Universitário Antônio Pedro
Autores
- THALYTA CAROLLINA SANTOS SERRA (Interesse Comercial: NÃO)
- Guilherme Herzog (Interesse Comercial: NÃO)
- Mariana Gontijo (Interesse Comercial: NÃO)
Título
TROMBOSE SEPTICA DE SEIO CAVERNOSO, TROMBOFLEBITE SEPTICA CAROTIDEA E ISQUEMIA CEREBRAL: RELATO DE CASO
Objetivo
O objetivo é descrever um caso de sinusite complicada com trombose séptica do seio cavernoso (TSSC), tromboflebite séptica carotídea e acidente vascular encefálico isquêmico (AVEI) por trombo embólico.
Relato do Caso
Paciente feminina, 57 anos, hipertensa, diabética mal controlada e retinopatia diabética proliferativa, internada por AVEI. No 3° dia, apresentou no olho esquerdo (OE) hiperemia conjuntival, quemose, edema palpebral, proptose, dor e redução de acuidade visual (AV), além de cefaleia. Tomografia de face evidenciou sinusite etmoidal e maxilar esquerdas. Foi tratada com metronidazol e ceftriaxona. No 28° dia, apresentava-se torporosa, OE mantinha os sinais citados, além de ptose, oftalmoplegia, opacidade corneana, fundoscopia indevassável em OE. Sem alterações externas em olho direito (OD). AV em OD acompanhava luz e em OE sem percepção luminosa. Por isso, foi admitida no hospital universitário. À ressonância de crânio e órbitas: isquemias na região frontobasal esquerda, no nervo óptico e na região occipital esquerda; TSSC esquerdo; sinusites invasivas etmoidal e maxilar esquerdas com abcesso; e carótida interna esquerda com estenose e dissecção na porção clinóide por tromboflebite séptica. Em órbita esquerda, presença de espessamento e isquemia muscular extrínseca. Cultura de secreção etmoidal com crescimento de Pseudomonas aeruginosa e de secreção maxilar com Cândida albicans. Ao exame micológico direto, presença de hifas hialinas septadas e leveduras. Escalonada terapia para meropeném, vancomicina e anfotericina B, iniciada anticoagulação e estatinas. No 49° dia, paciente apresentou novas isquemias cerebrais e rebaixamento do nível de consciência. Evoluiu para morte encefálica no 64° dia.
Conclusão
Assim, TSSC é uma patologia rara e grave, em sua maioria desencadeada por sepse severa em pacientes com comorbidades predisponentes. A taxa de mortalidade é de 30% dos casos. Por isso, é fundamental que reconheçam os achados para diagnóstico precoce e tratamento assertivo, melhorando as chances de sobrevida dos pacientes.