Código
P040
Área Técnica
Estrabismo
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: NEO- NÚCLEO DE ESTRABISMO E OFTALMOPEDRIATRIA
Autores
- VERA LUCIA DE ARAUJO (Interesse Comercial: NÃO)
- ENDY RODRIGUES DE ALMEIDA (Interesse Comercial: NÃO)
- LUCAS ALEXANDRE MELO DE CASTRO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
SERIAM MIOPIA E USO DE TELAS FATORES DE RISCO PARA ESOTROPIA AGUDA COMITANTE ADQUIRIDA?
Objetivo
Explorar a relação entre Esotropia Aguda Comitante Adquirida Aguda (EACA), tempo de tela (TT), erro refrativo e faixa etária de ocorrência.
Método
Foram analisados 17 pacientes entre 7 e 48 anos, atendidos e operados por um mesmo especialista em estrabismo entre 2014 e 2024. Todos apresentaram diplopia súbita e esotropia de início agudo, sem histórico prévio de estrabismo ou doença neurológica. Os principais dados analisados foram: idade, tempo de diplopia, refração sob cicloplegia (esférico, cilíndrico, eixo e equivalente esférico - EE), acuidade visual (AV), ângulo do desvio (longe e perto), TT, estereopsia, cirurgia realizada e investigação neurológica.
Resultado
Dentre os pacientes, 71% apresentaram miopia, com idade média de 29,40 anos no início dos sintomas e 31,54 anos na cirurgia. A refração variou de -1,875 a -5,25 EE em OD e de -1,75 a -6,5 EE em OE. AV e estereopsia foram melhores no grupo míope. Apenas um paciente tinha refração maior que -6,00 DE em um olho, indicando que esse estrabismo ocorre mais frequentemente em miopias baixas a moderadas. O principal sintoma foi dificuldade para dirigir. O grupo hipermétrope representou 29%, com média de idade de 11,94 anos ao início dos sintomas e 13,51 anos na cirurgia. Excluindo um paciente de 35 anos, as médias foram 6,38 e 8,06 anos, respectivamente. O erro refracional variou de 0,25 a 2 em AO, e o desvio foi maior que no grupo míope. Três pacientes realizaram tratamento oclusivo. O tempo médio de uso de tela foi de 6,38 h/dia para os míopes e 6,5 h/dia para os hipermétropes.
Conclusão
A Esotropia Aguda Comitante Adquirida pode estar relacionada ao tempo de tela e miopia, sendo tratada cirurgicamente com ressecção ou retrocesso e resseção dos músculos extraoculares. O conhecimento sobre o tema é essencial para orientar pacientes e desenvolver medidas preventiva.