Título

PANORAMA DA UTILIZAÇAO DE SERVIÇO DE EMERGENCIA OFTALMOLOGICA EM RIBEIRAO PRETO: UM ESTUDO POPULACIONAL.

Objetivo

Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos em uma unidade de emergência oftalmológica de referência em um hospital terciário no sudeste brasileiro no município de Ribeirão Preto do estado de São Paulo. Adicionalmente, catalogar sindromicamente os atendimentos e categorizá-los quanto aos tipos com base em três grupos: urgentes, intermediários e não-urgentes.

Método

Trata-se de um estudo observacional transversal realizado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo inventariando todos os atendimentos oftalmológicos de emergência registrados entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, totalizando 2101 casos. A captação do banco de dados foi realizada através da revisão de prontuários pelo sistema Athos utilizado na instituição, sendo o compilado, então, esquematizado em planilha no programa Microsoft Excel.

Resultado

Quanto ao perfil epidemiológico dos pacientes, observou-se maior frequência de homens (74,11%) em relação a mulheres (25,89%), com proporção de H:M, média de idade de 31,66 anos, com queixas mais comuns em olho direito (61,02%), seguida por olho esquerdo (28,22%) e em ambos os olhos (10,76%). Em relação às categorias de caráter do atendimento, as porcentagens de visitas oftalmológicas urgentes, não urgentes e intermediárias neste estudo foram de 65,30%, 8,53% e 26,17%, respectivamente. Os principais diagnósticos da categoria urgente foram abrasão de córnea (66,43%); uveítes, descolamentos de retina e demais patologias retinianas.

Conclusão

Destaca-se a relevância da estruturação epidemiológica dos atendimentos realizados no serviço visando ao melhor fluxo de condução destes pacientes, além de evidenciar a necessidade de capacitação dos serviços de triagem em oftalmologia para adequado direcionamento de complexidade dos casos, objetivando, por fim, otimizar o uso do recurso de saúde pública e o bom manejo dos usuários do Sistema Único de Saúde.