Código
P013
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital de Clínicas de Porto Alegre
- Secundaria: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)
Autores
- LARISSA RUELA DE OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- Diane Ruschel Marinho (Interesse Comercial: NÃO)
- Claudete Ines Locatelli (Interesse Comercial: NÃO)
- Guilherme Bernardi (Interesse Comercial: NÃO)
- Rodrigo Chultz (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AVALIAÇAO PRELIMINAR DA EFICACIA DO COLIRIO DE SORO AUTOLOGO NO TRATAMENTO DE DOENÇAS GRAVES DA SUPERFICIE OCULAR
Objetivo
Avaliar a eficácia e a satisfação de pacientes que utilizaram o primeiro Colírio de Soro Autólogo (CSA) manipulado no Brasil, produzido em parceria público-privada com o Hospital terciário em Porto Alegre - RS, desde junho de 2021.
Método
Estudo prospectivo e transversal. O critério subjetivo avaliado foi a melhora da sintomatologia, sendo realizado questionários por meio de ligações telefônicas iniciadas em janeiro de 2025 e em. Também foram avaliados dados como doença ocular, domicílio dos pacientes, eventos adversos e motivos de suspensão do tratamento. Os pacientes incluídos foram encaminhados pelos seus oftalmologistas para este tratamento, com a participação de 81 indivíduos de diversas regiões do Brasil. Todos os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para retirada de sangue e processamento do colírio e concordaram em responder ao questionário de satisfação.
Resultado
Foram incluídos 81 pacientes no estudo, destes, 41 atenderam as ligações e responderam ao questionário. A idade média foi de 59 anos, 68% são mulheres. São procedentes dos Estados: RS, SC, PR, GO, PB. Até o momento, 46% responderam que houve grande melhora dos sintomas, 36% responderam melhora parcial e 17% responderam que não houve melhora; 34% dos pacientes seguem em tratamento com o colírio. Dos que suspenderam o tratamento, o tempo médio de uso do colírio foi de 9 meses. Os principais fatores que levaram à suspensão foram falha terapêutica, custo elevado, dificuldade de armazenamento, dificuldade na logística para produção e retirada dos colírios. Apenas 9,7% dos pacientes relataram efeitos adversos. As doenças mais prevalentes foram olho seco (48%), seguida de Síndrome de Sjogren (19%).A posologia variou de 1 gota a cada hora até de 3/3 horas.
Conclusão
Os dados revelam uma boa eficácia do CSA em pacientes com olho seco grave, com 82% dos pacientes referindo melhora total ou parcial dos sintomas. Este é o primeiro estudo a divulgar os dados preliminares de satisfação dos usuários em tratamento com CSA produzido no Brasil.