Código
RC228
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro
Autores
- PAULO GABRIEL DA ROCHA MOURA (Interesse Comercial: NÃO)
- Priscila Libman (Interesse Comercial: NÃO)
- Fábio Carvalho Ibiapina Parente (Interesse Comercial: NÃO)
Título
NEOVASCULARIZAÇAO DE COROIDE BILATERAL SECUNDARIA A COROIDOPATIA PUNCTATA INTERNA: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar um quadro de neovascularização de coroide em uma paciente jovem do sexo feminino com diagnóstico de PIC evidenciado por exames de imagem multimodais.
Relato do Caso
Paciente, 39 anos, do sexo feminino, chegou ao ambulatório de retina pela 1º vez com relato de baixa acuidade visual prévia em OD e piora há aproximadamente 01 ano em OE. Negava comorbidades sistêmicas e antecedentes oftalmológicos. Ao exame oftalmológico apresentava melhor acuidade visual de 20/100 em OD e 20/40 em OE. A biomicroscopia não apresentava alterações. A fundoscopia no OD apresentava disco óptico regular com bordos nítidos e coloração fisiológica, escavação fisiológica, lesão amarelada em região foveal de aspecto elevado com lesões satélites em diferentes estágios de cicatrização e restritas à macula, enquanto em OE, apresentava lesão circunferencial elevada e hiperpigmentada na mácula sem lesões satélites visualizadas. No exame de autofluorescência do OD era evidenciado lesões circulares hipoautofluorescentes na região macular com uma lesão foveal de maior tamanho também hipoautofluorescente, enquanto no OE, apresentava uma lesão foveal hiperautofluorescente circundada por um halo hipoautofluorescente e múltiplas lesões hipoautofluorescentes na macula. À angiografia, durante a fase venosa, a maioria das lesões se apresentavam hiperfluorescentes por defeito em janela, enquanto a lesão foveal de OD apresentava hiperfluorescência por extravasamento. No OCT do OD havia material hiperrefletivo subrretiniano e interrupção da zona elipsoide. No OCT do OE havia material hiprerrefletivo subrretiniano com liquido subrretiniano associado. Foi realizado um exame de OCT-A que evidenciou um complexo neovascular subrretiniano em ambos os olhos. Foi indicado IIV de anti-VEGF para o olho esquerdo. A consulta 1 mês após evidenciou AV de 20/25 e regressão da MNV no OCT-A.
Conclusão
A PIC afeta mulheres jovens e míopes, causando lesões no EPR e coriocapilar, sem vitreíte ou uveíte anterior. Uma complicação é o surgimento de MNV, sendo crucial o tratamento com anti-VEGF.